Agroindústria sustentável na Amazônia une energia solar e bioeconomia

Agroindústria sustentável na Amazônia une energia solar e bioeconomia

Parceria entre Natura, WEG e comunidade extrativista leva sistema fotovoltaico com armazenamento a área isolada no Pará, aumentando renda local em 60%

Uma inédita agroindústria movida a energia solar foi inaugurada nesta quinta-feira (23) na Ilha das Cinzas, arquipélago do Marajó (PA), beneficiando 470 famílias agroextrativistas. A iniciativa – fruto de parceria entre Natura, WEG e a Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas da Ilha das Cinzas (ATAIC) – substitui geradores a diesel por um sistema fotovoltaico off-grid com armazenamento em baterias (BESS), permitindo à comunidade processar óleos e manteigas em vez de vender apenas matérias-primas, elevando a renda local em 60%. O projeto pioneiro em áreas de várzea amazônica alinha-se às discussões da COP30 e reforça o modelo de bioeconomia na região.

A infraestrutura, que inclui 20 painéis solares e capacidade de armazenamento para operação contínua, foi totalmente doada pelas empresas, com capacitação comunitária para operação. Para Angela Pinhati, da Natura, o projeto concretiza a meta de zerar emissões até 2030, enquanto Daniel Godinho, da WEG, destaca seu potencial replicável. A ATAIC, que já fornece insumos como murumuru para a Natura há nove anos, vê na iniciativa um avanço para a autonomia energética e o empoderamento feminino local, servindo de modelo para outras comunidades isoladas.

Foto: Divulgação

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