Alimentação infantil: entenda os riscos dos alimentos industrializados e fast food

Alimentação infantil: entenda os riscos dos alimentos industrializados e fast food

Foto: Divulgação

Hábitos alimentares inadequados contribuem para a obesidade infantil

Segundo o relatório público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), até meados de setembro de 2022, mais de 340 mil crianças de 5 a 10 anos de idade foram diagnosticadas com obesidade. Dentre as principais causas estão hábitos alimentares inadequados e sedentarismo. Crianças que consomem altas quantidades de alimentos industrializados e fast food são propícias a se tornarem obesas e, com isso, apresentarem doenças crônicas.

De acordo com Simone Almeida, nutricionista da Hapvida NotreDame Intermédica, a obesidade infantil é considerada um problema de saúde pública complexa no mundo, podendo levar a várias doenças crônicas como câncer, hipertensão, diabetes e colesterol alto, doenças cardiovasculares e respiratórias. “Desde o início de nossas vidas, devemos priorizar a alimentação saudável, que é muito importante para a saúde, tanto física como intelectual”, ressalta.

A nutricionista explica que as refeições industrializadas e fast food ultrapassam a quantidade de gordura, sal e açúcar que são recomendados para as crianças e deixam a desejar em vitaminas, minerais e fibras. “A alimentação da criança precisa ser composta por todos os grupos alimentares, a exemplo de: produtos integrais, alimentos proteicos, frutas e legumes”.

“Evite alimentos ultraprocessados, prefira proteínas magras, ofereça variedades de alimentos e bastante água durante o dia. Separe um tempo para refeições em família, defina limites para lanches e doces, mas não os torne proibidos. Ensine moderação e escolhas equilibradas. Inclua a criança na escolha e no preparo dos alimentos e, claro, tenha criatividade para manter o cardápio variado”, orienta Simone.

Os principais alimentos a serem consumidos, que precisam estar presentes nas refeições diárias, segundo a especialista, são: frutas e verduras, que são fontes de vitaminas minerais e fibras – é importante a variação, pois cada uma possui propriedades específicas; cereais, como aveia e arroz, pão e macarrão integrais, que são fontes importantes de carboidratos complexos e fibras; proteínas, pois ajudam a manter a massa muscular e a fornecer energia para atividades físicas; e leite e derivados, que são fontes de cálcio, importante para o desenvolvimento dos ossos e dentes.

Além da alimentação, Simone aconselha os pais e familiares a incentivarem seus filhos a praticarem atividade física. “Esse é um papel importante da família na prevenção da obesidade infantil, assim como buscar incentivar as crianças a terem um sono adequado, sem excesso de telas antes de dormir, bem como estimular hábitos saudáveis, longe de eletrônicos, e realizar refeições em família”, finaliza.

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