A Universidade do Estado do Amapá (Ueap) está desenvolvendo um bióleo a partir do caroço de açaí e outros resíduos. O componente é aperfeiçoado para ser uma alternativa ao gás e ao petróleo, servindo para a fabricação de combustível e compostos químicos utilizados na indústria farmacêutica. Normalmente, auxilia na geração de energia líquida, sólida e gasosa.
O procedimento utiliza a técnica de pirólise, que envolve o aquecimento a vácuo do caroço de açaí, acelerando a sua decomposição e produzindo o bióleo conhecido como Produto Líquido Orgânico (PLO). O procedimento começa com o uso de um reator pirolítico, que opera sem a presença de oxigênio. Posteriormente, a biomassa, neste caso os resíduos de açaí, é exposta a temperaturas elevadas no reator pirolítico.
Produção de Vapor: quando exposta a temperaturas elevadas, a biomassa gera um gás e um vapor. O vapor gerado é condensado e recolhido. Essa substância condensada é conhecida como líquido pirolenhoso. Separação: O líquido pirolenhoso passa por um procedimento de separação. Esta separação resulta em dois itens: o bióleo e o líquido.
O bióleo pode ser empregado como fonte de energia, enquanto o líquido pirolenhoso pode ser empregado na fabricação de medicamentos. Os estudos são conduzidos em dois laboratórios. A produção do componente ocorre no Centro de Educação Profissional Graziela Reis de Souza, enquanto o laboratório responsável pela caracterização está situado na Ueap, ambos situados no centro de Macapá.
O processo similar é aplicado ao petróleo para a fabricação de combustível. No PLO, a biogasolina, o querosene e o diesel ecológico são produzidos, juntamente com os ligantes asfálticos. Estes são apenas alguns dos caminhos possíveis para explorar o produto. No projeto realizado na Ueap, dois alunos de bioquímica recebem bolsas que auxiliam no desenvolvimento do produto.
Foto: UFPA