Brasil lidera processamento de dados em mapeamento inédito do céu do Hemisfério Sul

Brasil lidera processamento de dados em mapeamento inédito do céu do Hemisfério Sul

Projeto internacional com telescópio chileno de última geração vai catalogar bilhões de corpos celestes com participação de 170 cientistas brasileiros

Um ambicioso projeto astronômico iniciará em junho o mapeamento detalhado do céu do Hemisfério Sul, com participação destacada de pesquisadores brasileiros. O telescópio Vera C. Rubin, instalado no Chile – equipado com a maior câmera digital do mundo (3,2 gigapixels) – gerará mais de 200 mil imagens anuais, revelando cerca de 17 bilhões de estrelas e 20 bilhões de galáxias. O Brasil, através do Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA), será responsável pelo processamento de 5 petabytes de dados no supercomputador do Laboratório Nacional de Computação Científica em Petrópolis (RJ).

“Esta colaborção coloca nossos jovens pesquisadores em pé de igualdade com as maiores lideranças científicas mundiais”, destaca Luiz Nicolaci da Costa, coordenador do LIneA. O projeto, que deve durar uma década, promete revolucionar o estudo da energia escura e objetos celestes pouco conhecidos, enquanto forma nova geração de especialistas brasileiros em ciência de dados e engenharia astronômica. A fase de análise dos dados começa em 2026, com 80% dos participantes brasileiros sendo estudantes ou pós-doutorandos.

Foto: Nasa

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