Capitais brasileiras têm déficit de guardas municipais, aponta estudo da AGM

Capitais brasileiras têm déficit de guardas municipais, aponta estudo da AGM

Pesquisa revela que Manaus e Porto Alegre possuem os piores índices, com 1 agente para cada 4 mil habitantes; associação defende proporção de 1:250

Um levantamento da Associação Nacional de Guardas Municipais (AGM) divulgado nesta quarta-feira (28) mostra que as capitais brasileiras estão com efetivos abaixo do ideal, sendo Manaus (1 agente para 3.971 habitantes) e Porto Alegre (1:3.714) as que apresentam os piores índices. A AGM defende a proporção de 1 guarda para cada 250 habitantes como adequada. Em números absolutos, São Paulo lidera com 7.360 agentes, seguido pelo Rio de Janeiro (7.276), enquanto Florianópolis tem apenas 180 guardas. O estudo também revela disparidade de gênero: enquanto Fortaleza tem 33% de mulheres no efetivo, Belém e Campo Grande não ultrapassam 8%.

A pesquisa surge no momento em que o Senado aprovou uma PEC que inclui as guardas municipais como órgãos de segurança pública, enviando a proposta para análise da Câmara dos Deputados. O presidente da AGM, Reinaldo Monteiro, cobrou políticas de contratação e maior participação feminina, além do armamento dos agentes – atualmente restrito em apenas duas capitais (Recife e Rio). “As guardas devem estar equipadas para enfrentar as demandas diárias”, afirmou. Especialistas, porém, alertam para os riscos de políticas armamentistas sem investimento paralelo em formação e controle.

Foto: Agência Belém

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