Foto: Getty Images
Comissão técnica aponta alto custo e necessidade de acompanhamento especializado como obstáculos para oferta de Wegovy e Saxenda na rede pública
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) emitiu parecer contrário à inclusão dos medicamentos Wegovy (semaglutida) e Saxenda (liraglutida) no Sistema Único de Saúde para tratamento da obesidade. A decisão, tomada em reunião no dia 8 de maio e divulgada nesta terça (13), baseou-se no alto custo – que poderia chegar a R$ 7 bilhões em cinco anos – e na necessidade de acompanhamento multidisciplinar, incluindo suporte psicológico e mudanças de estilo de vida, que dificultariam a implementação em larga escala.
Especialistas criticam a decisão, alertando que pacientes do SUS continuarão sem opções de tratamento medicamentoso, dependendo apenas da cirurgia bariátrica, de difícil acesso. Maria Edna de Melo, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, destacou a falta de alternativas para obesos na rede pública. O parecer ainda não é definitivo e será submetido à consulta pública antes da decisão final da Secretaria de Ciência e Tecnologia em Saúde. Paralelamente, a Anvisa determinou que, a partir de julho, a venda desses medicamentos exigirá retenção de receita médica.