Dr. Eduardo Werneck explica o que é o NIAGARA, novo marco no tratamento do câncer de bexiga

Dr. Eduardo Werneck explica o que é o NIAGARA, novo marco no tratamento do câncer de bexiga

De acordo com o médico oncologista Dr. Eduardo Werneck, o câncer de bexiga músculo-invasivo ainda apresenta altas taxas de recidiva, mesmo após cirurgia e quimioterapia. Há anos, oncologistas buscam novas estratégias para aumentar a sobrevida desses pacientes. “O Estudo NIAGARA avaliou o uso de Durvalumabe (imunoterapia) combinado à quimioterapia neoadjuvante, antes da cistectomia radical, com o objetivo de melhorar os desfechos oncológicos”, explica o especialista.

Na metodologia do estudo, pacientes com câncer de bexiga músculo-invasivo foram randomizados em dois grupos: um recebeu quimioterapia padrão; o outro, quimioterapia associada a Durvalumabe antes da cirurgia. O foco principal foi avaliar a sobrevida livre de doença e a taxa de resposta patológica completa. “Os dados apresentados no ASCO 2025 mostraram um aumento significativo da sobrevida livre de progressão e uma maior taxa de resposta completa no grupo que recebeu imunoterapia. Um ganho relevante em comparação ao padrão anterior”, detalha o médico.


A combinação de quimioterapia com Durvalumabe antes da cirurgia pode se tornar o novo padrão de tratamento para câncer de bexiga músculo-invasivo — um marco na integração da imunoterapia em estágios mais precoces da doença. “O NIAGARA abre caminho para novos estudos em câncer de bexiga e fortalece a oncologia personalizada. A imunoterapia integrada já é realidade — e os próximos passos dessa evolução já estão em andamento”, finaliza o oncologista.

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