Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fevereiro Roxo é o mês de conscientização sobre Alzheimer, lúpus e fibromialgia, três doenças crônicas e sem cura. O objetivo da campanha é reforçar a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento adequado para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. No caso do Alzheimer, que afeta mais de um milhão de brasileiros, a preocupação cresce junto com o aumento da expectativa de vida da população.
De acordo com o neurologista Antônio de Matos, o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que compromete a memória, o raciocínio e o comportamento. “No início, os sintomas podem parecer apenas esquecimentos comuns, mas, com o tempo, surgem dificuldades para articular palavras, realizar tarefas diárias e até mudanças de comportamento. A degeneração do cérebro começa, em média, aos 50 anos, mas pode ocorrer mais cedo, especialmente em casos com predisposição genética. Em idosos acima dos 80 anos, o principal fator de risco é o próprio envelhecimento”, afirma.
Embora a causa do Alzheimer ainda não seja completamente compreendida, sabe-se que a doença afeta o funcionamento do cérebro de forma lenta e progressiva, interferindo em habilidades essenciais como memória, linguagem, atenção e planejamento.
“O diagnóstico precoce é essencial para retardar a progressão dos sintomas e proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente. O tratamento deve ser individualizado, e o apoio da família é fundamental, pois a mudança de comportamento não é uma escolha da pessoa, mas sim consequência da doença”, complementa o neurologista.
Em Belém, o SUS e universidades públicas oferecem serviços especializados para idosos com suspeita de Alzheimer. Mesmo sem cura, o acompanhamento médico, terapias e suporte familiar podem minimizar os impactos da doença, garantindo mais bem-estar ao paciente.
Fevereiro Roxo reforça que, apesar dos desafios, o cuidado e a informação fazem toda a diferença.
