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Em parceria com a startup Bioverse e comunidades locais, a Natura realizou o maior inventário florestal por drones no Brasil, mapeando 60 mil hectares no Pará em seis meses – um processo que, tradicionalmente, levaria mais de 20 anos. A tecnologia, 200 vezes mais rápida, identifica espécies, áreas degradadas e estoques de carbono, auxiliando na restauração e no manejo sustentável da floresta.
O projeto envolve 70 famílias de comunidades em Abaetetuba e Irituia, capacitadas para operar drones e softwares de análise de dados. A iniciativa fortalece cadeias produtivas como açaí e tucumã, usados em produtos da linha Natura Ekos, e contribui para a meta da empresa de ser 100% regenerativa até 2050.
Segundo Rômulo Zamberlan, diretor de pesquisa da Natura, o projeto alia inovação e conhecimento tradicional, promovendo impacto socioambiental. A empresa já conserva 2,2 milhões de hectares na Amazônia e pretende expandir para 3 milhões até 2030.
A tecnologia da Bioverse combina drones nacionais (Xmobots) e IA treinada para reconhecer espécies amazônicas, com resolução 10 vezes maior que imagens de satélite. Francisco D’Elia, diretor da startup, destaca que a ferramenta também permite acesso simplificado a dados para comunidades, facilitando o planejamento produtivo e a inclusão em mercados como créditos de carbono.
O avanço ocorre em um momento estratégico, com a COP30 sendo sediada em Belém (PA) em 2025, reforçando a Amazônia como palco de soluções sustentáveis que unem tecnologia, bioeconomia e conservação.