Estudo da UFPA e PCT Guamá identifica efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e antibacterianos no produto, apontando potencial para fitoterápicos e cosméticos.
Um estudo conduzido pelo Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia (Cvacba/UFPA), em parceria com o Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, revelou que o mel extraído do néctar das flores do açaizeiro (Euterpe oleracea) possui elevado valor funcional, com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, antibacterianas e antitumorais. Publicada na revista científica Molecules, a pesquisa aponta que o produto supera até o mel de aroeira em capacidade antioxidante e se destaca também por suas características sensoriais únicas. As amostras analisadas vieram dos municípios de Breu Branco e Santa Maria, no Pará.
Além dos benefícios à saúde, o estudo ressalta o papel estratégico do mel de açaí na bioeconomia amazônica, promovendo cadeias produtivas sustentáveis e valorizando a floresta em pé. A presença de abelhas melhora a produtividade do açaí em até 30%, reforçando práticas de manejo sustentável. O mel pode originar produtos cosméticos, fitoterápicos e alimentos funcionais, enquanto pesquisadores articulam parcerias com empresas para transformar o conhecimento em inovação de mercado. O trabalho integra o projeto Agrobio, com apoio do Fundo Amazônia/BNDES, e reforça o protagonismo do PCT Guamá como polo de pesquisa, inovação e desenvolvimento sustentável na região Norte.
Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará
