Conforme resultados preliminares apresentados por pesquisadores, a água na Amazônia enfrenta aquecimento generalizado. Essa conclusão vem de pesquisadores do Instituto Mamirauá, em Tefé, no estado do Amazonas. O estudo segue em processo de revisão.
Os resultados foram apresentados em 11 de julho durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que durou até 13 de julho. “O aquecimento [das águas amazônicas] é generalizado. Desde 1990 observamos uma tendência média de aquecimento de 0,6 ºC por década dos lagos amazônicos”, disse à revista Pesquisa Fapesp Ayan Fleischmann, coordenador do estudo.
“É um aumento muito expressivo. Não houve um lago que não apresentasse uma tendência significativa. Todos estão aquecendo”, continuou. O pico de aquecimento ocorreu em 2023, no período de seca.
Durante esse período do ano, a temperatura do lago Tefé chegou a registrar mais de 40ºC em uma medição realizada ao longo de uma coluna de água de mais de 2 metros de profundidade.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil