Diretoria da Festa de Nazaré renova parceria com Castanhal Companhia Têxtil para produção da corda do Círio deste ano

Diretoria da Festa de Nazaré renova parceria com Castanhal Companhia Têxtil para produção da corda do Círio deste ano

Foto: Tatiane Freitas – DFN

A empresa paraense, que produz a corda desde 2023, inicia em abril a produção da corda que será utilizada este ano na Trasladação e no Círio.

A corda do Círio de Nazaré, um dos maiores ícones da festividade, será novamente produzida no Pará, pela terceira vez, para ser usada nas duas maiores e mais tradicionais procissões, o Círio e a Trasladação. A parceria foi fechada nesta sexta, dia 07 de fevereiro, em Castanhal, entre a empresa Castanhal Companhia Têxtil (CTC) e a Diretoria da Festa de Nazaré (DFN), representada pelo coordenador do Círio 2025, Antônio Sousa, e pela diretoria de procissões.

A corda, produzida em malva amazônica, será totalmente produzida e preparada pela CTC, inclusive o entrelaçamento, os nós e argolas, que atrelam às estações. “Mais um ano a corda sendo produzida por mãos paraenses, com as mesmas especificações do ano passado. Mantivemos o nó utilizado ano passado para atrelamento às estações, pois funcionou nas procissões, sem nenhum rompimento. É importante ressaltar que esta corda é uma produção exclusiva da CTC para o Círio, ela não é comercializada. E chegamos ao nível que atende a necessidade do Círio e por isso renovamos mais este ano”, conta Antônio Sousa, coordenador do Círio 2025.

A corda utilizada nas procissões tem 800 metros de comprimento com partes de 400 metros, para cada romaria, 60 milímetros de diâmetro e é composta por 32 nós e argolas.  Ela já vem adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias. A CTC inicia a produção em abril e toda a produção terá acompanhamento da DFN. A previsão é que a entrega ocorra no início de setembro. 

Como é feita a corda do Círio

A corda utilizada no Círio e na Trasladação até 2022 era feita de sisal, uma fibra vegetal muito dura e resistente, e era produzida em Santa Catarina. Na proposta apresentada pela CTC em 2023, a corda foi produzida por uma composição de fibras de malva amazônica, plantada e cultivada na região Amazônica. Esta nova composição fica mais macia ao toque das mãos. Quanto ao seu processo de transformação em fios, são muitos os estágios de fabricação, desde a colheita, realizada por diversas comunidades que fornecem o material à CTC, até a produção final.

Histórico – A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla desde próximo ao Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la. Os animais então foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis puxassem a berlinda. Desde então, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis.

Texto: Rosana Pinto – Ascom DFN

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