De acordo com o médico oncologista Dr. Eduardo Werneck, o estudo DYNAMIC, apresentado no ASCO 2025, investigou o uso do DNA tumoral circulante (ctDNA) para orientar a decisão de quimioterapia adjuvante em pacientes com câncer de cólon estágio II. Em um ensaio randomizado de fase II, com acompanhamento médio de cerca de 60 meses, o protocolo guiado por ctDNA reduziu o uso de quimioterapia sem comprometer a sobrevida livre de recidiva (88% versus 87% no grupo padrão) nem a sobrevida global aos cinco anos (93,8% versus 93,3%).
“Além disso, entre os pacientes com ctDNA detectável após a cirurgia, a persistência de ctDNA no fim do tratamento foi fortemente associada a menor chance de cura — apenas 20% permaneceram livres de recidiva, contra 85% daqueles que eliminaram o ctDNA . Esse estudo reforça o valor do ctDNA como biomarcador estratégico para personalizar o tratamento, evitando tratamentos desnecessários e direcionando intervenções para quem realmente precisa”, explicou.