Empreender pelo artesanato destaca empresária de Castanhal

Empreender pelo artesanato destaca empresária de Castanhal

Foto: Divulgação

Da educação para o empreendedorismo. Esse foi o caminho que Edrícia Nunes fez para mudar de vida e se tornar uma empreendedora do município de Castanhal, na região nordeste do Pará. Artesã desde 2018, ela decidiu aprimorar suas habilidades e percebeu no artesanato uma possibilidade de empreender vendendo bottons, bolsas e necessaires sustentáveis. Assim, surgiu a Edrícia Arte em Tecidos.

“Trabalhei na sala de aula durante quatro anos. Já desenvolvia a habilidade de trabalhar com as mãos, fazendo artesanato e resolvi trabalhar em casa. No começo, era uma questão de ocupar a mente, não tinha conhecimento técnico e financeiro, fazia por fazer, não tinha lucro”, relembrou.

Durante a pandemia, a empreendedora passou por um período difícil, mas conseguiu superar as dificuldades. “A gente passou 2020 todinho sem trabalho, no final do ano e início de 2021, foi quando começaram a voltar as feiras e encomendas. Comprei a máquina de botons e, para começar a aprender a administrar o meu negócio, participei da oficina de finanças no Sebrae Delas”.

A participação das ações do programa do Sebrae foi a virada de chave para Edrícia. “Antes o dinheiro só entrava e saia e eu não via lucro. Hoje, consigo tirar o meu salário e ganhar dinheiro. Aqui em Castanhal, sou a única pessoa que produz e vende botton”.

Um dos diferenciais dos produtos vendidos pela empreendedora é o trabalho com juta., uma fibra. “Esse é um tecido fabricado aqui mesmo na cidade, que vem da natureza. É um produto sustentável, vem da malva e a gente recebe de uma fábrica que tem em Castanhal”, contou.

“Eu conheci o trabalho da Edrícia através do Projeto Mãos que Criam. O que mais amo no trabalho é a delicadeza, perfeição dos pontos feito à mão, a costura feita em máquina e a forma como ela entrega o produto”, destacou Kelly Damasceno, cliente há três anos.

“O trabalho dela é algo sério e comprometido, que nos atende a contento, Mesmo sendo uma emergência intempestiva, ela procura nos atender da melhor forma, disse Cristian Vidal, que é cliente há um ano.

“Como trabalho em casa, somente eu produzo as peças para vender para fora, tem a casa para cuidar, tem os filhos, ainda não consegui vencer esse desafio”, destaca a empresária sobre o desafio que ainda precisa superar.

Apoio necessário
Em 2023, Edrícia se formalizou como Microempreendedora Individual (MEI). Conheceu o Sebrae ainda em 2019, participando de uma palestra pelo projeto “Mãos que criam”, que ajudam na qualificação e divulgação dos artesãos de comunidades do município de Castanha.

“O Sebrae começou a fazer parceria com o projeto e comecei a participar de feiras. A minha primeira foi a Expofac, ainda não era formalizada. Só em 2021, quando participei do Programa Sebrae Delas, foi que me tornei MEI e não larguei mais a instituição”, destacou.

“Antes de participar do Sebrae Delas, na minha melhor Feira, fiz R$ 350. Um ano depois, na mesma Feira, fiz R$1,8 mil. Hoje, faturo por mês entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil. Após a participação no programa, o meu Instagram também cresceu muito. Foi um salto gigante, pois eu tinha 245 seguidores e, hoje, tenho mais de mil seguidores”. Instagram e Whatsapp as principais canal de divulgação e vendas da empreendedora.

Feira do Artesanato do Círio
Por dois anos, Edrícia tentou participar da Feira do Artesanato do Círio (FAC), que é promovida pelo Sebrae no Pará, em outubro, durante a festividade do Círio de Nossa Senhora de Nazaré.

Na primeira tentativa, a artesã não conseguiu estar entre as selecionadas. No ano passado, participou de uma consultoria para se aperfeiçoar em transformar o artesanato com elementos do município de Castanhal e conseguiu ser uma das selecionadas para a Feira.

Na FAC, Edrícia fez boas vendas e contatos. Com o dinheiro que ganhou, comprou a uma máquina industrial. A artesã revelou que quer participar novamente da Feria em 2024.

Próximos passos 
Edrícia se prepara para ter uma loja física e aumentar o seu maquinário. “Daqui uns anos, quero ver se consigo a minha terceira máquina e um espaço físico, porque ainda trabalho dentro de casa”.

Acesse @edricia_nunes e confira i trabalho da Edrícia Arte em Tecidos.

Por Agência SEBRAE de Notícias

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