Oncologista do Hospital Ophir Loyola destaca aumento de 70% nos casos da doença no Pará entre 2022 e 2024
As hepatites virais dos tipos B e C, quando crônicas, representam a principal porta de entrada para o câncer de fígado – uma das neoplasias mais agressivas, com estimativa de 10.700 novos casos anuais no Brasil. O alerta é do oncologista Paulo Soares, do Hospital Ophir Loyola (HOL), que aponta a infecção persistente por esses vírus como responsável por alterações celulares que levam a tumores hepáticos, especialmente quando evolui para cirrose. “O vírus da hepatite B é particularmente perigoso por se integrar ao DNA das células do fígado, podendo causar câncer mesmo sem cirrose”, explica o médico.
No Pará, o HOL registrou aumento alarmante de 70% nos casos de câncer hepático em três anos, saltando de 95 diagnósticos em 2022 para 162 em 2024. O hospital oferece tratamento especializado com quimioterapia, cirurgias e técnicas avançadas como quimioembolização. Soares reforça a importância da vacinação contra hepatite B – disponível gratuitamente no SUS – e do rastreamento precoce, já que a hepatite C ainda não tem vacina. “Pacientes com hepatite crônica devem fazer monitoramento rigoroso com exames de imagem e marcadores tumorais”, recomenda o especialista.
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