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Especialistas apontam benefícios da inclusão e como preconceito e falta de assistência adequada contribuem para a baixa empregabilidade de pessoas com o transtorno
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas são autistas no mundo. Apesar da garantia legal de inclusão no ambiente corporativo por meio da Lei de Cotas, a inserção de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no mercado de trabalho ainda é um desafio. Preconceito, falta de apoio e ausência de assistência adequada estão entre as principais barreiras enfrentadas.
Segundo o advogado Kristofferson Andrade, do escritório Andrade e Côrtes Advogados, a legislação brasileira garante esse direito. “A Lei 8.213/91, conhecida como Lei de Cotas, determina no artigo 93 que empresas com 100 ou mais funcionários devem reservar vagas para pessoas com deficiência”, explica.
Empresas que não cumprem essa exigência estão sujeitas a penalidades. “O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é responsável pela fiscalização e pode aplicar multas ou até impedir que a empresa firme contratos com o setor público. Mais do que uma obrigação legal, a inclusão deve ser encarada como um compromisso social”, ressalta Andrade.
Além das sanções, o advogado destaca que investir na diversidade traz benefícios estratégicos. “Valorizar a inclusão significa reconhecer o potencial de cada profissional e construir um ambiente corporativo mais inovador e produtivo. Empresas que adotam essa postura se destacam no mercado e fortalecem suas equipes”, conclui.