De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, a usina de Belo Monte, segunda maior do Brasil em potência instalada, tem gerado menos de 3% da energia elétrica projetada pela baixa disponibilidade de água. A de Santo Antônio, está operando em 10% da capacidade. A usina de Belo Monte, no Pará, tem capacidade de produzir 11.233 MW de energia (ou seja, 11,2 GW).
Porém, com a seca, está gerando 323 MW na média de setembro −2,9% da capacidade. O desempenho é reflexo da maior seca registrada no Brasil desde o início da série histórica, em 1950. Em 2023, Belo Monte lidou com uma estiagem grave de proporção similar.
As chuvas na Amazônia, que normalmente começam entre novembro e dezembro, atrasaram e só chegaram em janeiro deste ano. Em 2024, a hidrelétrica não gerou a quantidade total de energia para a qual foi projetada em nenhum dia. A maior produção diária foi de 10.397 MW, em 30 de abril.
Os patamares de geração ficaram acima da média de fevereiro a maio, mas depois caíram drasticamente com a volta do período seco, uma vez que Belo Monte não tem um reservatório para armazenar água. Neste ano, a menor geração de energia diária na usina foi de 174 MW em 27 de agosto.
Atualmente, só uma das 18 turbinas de Belo Monte estão em operação por causa do baixo nível do rio Xingu. Cada turbina tem capacidade de 611,11 MW –equivalente a uma usina nuclear de Angra 1 (com cerca de 640 MW).
Foto: TV Brasil / Agência Brasil