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O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima publicou no Diário Oficial da União (DOU), nesta quarta-feira (2), a portaria que reconhece a Trilha Amazônia Atlântica. O percurso tem início na Catedral da Sé, em Belém, e segue até o município de Viseu, na região nordeste paraense, e é parte da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade – RedeTrilhas. A portaria, assinada pela ministra Marina Silva, formaliza a integração ao sistema de trilhas nacionais, fortalecendo a iniciativa que promove o ecoturismo e a preservação ambiental na região amazônica.
A criação da Trilha Amazônia Atlântica contou com o apoio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), e é considerada um dos principais projetos de ecoturismo da Amazônia. O Instituto teve papel fundamental na concepção e implementação da trilha, colaborando com o planejamento, infraestrutura e promoção da iniciativa ao longo dos anos.
Segundo o gerente da Região Administrativa de Belém do Ideflor-Bio, Júlio Meyer, o idealizador do percurso, o reconhecimento oficial é um marco importante. “A Trilha Amazônia Atlântica é um movimento planejado e implementado por voluntários. Com apoio de empresas e da administração pública, estamos consolidando esse projeto como uma referência de ecoturismo sustentável”, afirmou.
A RedeTrilhas, iniciativa coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Turismo e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), busca promover a conectividade entre ecossistemas e incentivar a conservação ambiental por meio do turismo de natureza. A inclusão da Trilha Amazônia Atlântica nessa rede reforça os objetivos da política de preservação da biodiversidade, além de promover o desenvolvimento econômico local por meio do turismo sustentável.
Com isso, a trilha de aproximadamente 460 km, que percorre 13 importantes áreas de preservação no estado do Pará, passa a ter uma relevância nacional, atraindo atenção de turistas e investidores que buscam explorar a rica biodiversidade amazônica de maneira sustentável.
Envolvimento – O reconhecimento oficial também fortalece a rede de voluntários e organizações locais que atuam diretamente na manutenção da trilha. Esses grupos desempenham papel essencial na recuperação e conservação das áreas naturais ao longo do trajeto, tornando a Trilha Amazônia Atlântica um exemplo de gestão participativa. A integração à RedeTrilhas possibilitará a captação de mais recursos e maior visibilidade para projetos de infraestrutura e conservação, aumentando o impacto positivo da iniciativa.
Um desses casos é a startup eTrilhas, lançou em agosto deste ano, em parceria com o Ideflor-Bio, a Prova de Conceito da sua plataforma na Trilha Amazônia Atlântica, uma das principais rotas de ecoturismo da região. A iniciativa faz parte do projeto de aceleração sustentável, promovido pela Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), que selecionou o eTrilhas como uma das startups mais promissoras do setor.
A plataforma eTrilhas, disponível na Play Store e App Store, está em fase de expansão. Foi desenvolvida para ser o aplicativo oficial da Rede Brasileira de Trilhas, com o objetivo de centralizar informações sobre trilhas, atrativos naturais e destinos de ecoturismo em todo o Brasil. No caso da Trilha Amazônia Atlântica, os visitantes terão acesso a informações detalhadas sobre os serviços disponíveis na rota, incluindo opções de hospedagem, alimentação e contato direto com prestadores de serviços locais.
Cooperação – O apoio do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério do Turismo e do ICMBio foi destacado porJúlio Meyer, que ressaltou a importância da cooperação entre diferentes esferas governamentais e a sociedade civil para a consolidação de projetos como este. “Essa portaria é o reconhecimento do governo federal de que estamos no caminho certo, promovendo a preservação ambiental e o ecoturismo de forma inclusiva e sustentável”, concluiu o gestor.
A Trilha Amazônia Atlântica já recebe visitantes de várias partes do Brasil e do exterior, interessados em vivenciar a Amazônia de uma forma autêntica e em contato direto com a natureza. A expectativa é que o reconhecimento oficial potencialize o fluxo de turistas e contribua para o fortalecimento das economias locais nas comunidades que se encontram ao longo do trajeto.