Foto: Pedro Guerreiro/Agência Pará
Para iniciar o rastreio individual do rebanho bovídeo paraense ainda neste ano, o Conselho Gestor do programa estadual avança para definir as principais estratégias de execução. Um dos principais pontos definidos durante encontro realizado na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), na tarde desta quinta-feira (11), foi o software que será base de execução do programa.
O software que permitirá o controle efetivo do trânsito individual dos animais no território paraense, foi apresentado pela equipe da Unidade de Sistemas Informatizado da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), que executará todo o processo do programa de Rastreabilidade Bovídea no Estado.
“A Agência de Defesa vem investindo em tecnologias que possam contribuir para o desenvolvimento da pecuária paraense. E hoje investe em um software próprio, com nível tecnológico de ponta. E essa ferramenta será o novo Sigeagro 2.0, que atenderá as demandas da Agência e do programa de Rastreabilidade, com módulos desenvolvidos exclusivamente para o programa”, afirmou o diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo.
A equipe de sistemas desenvolveu módulos específicos que serão executados por meio do Sistema de Gestão Agropecuária (Sigeagro) da ADEPARÁ, e que visa atender às necessidades da Agência, das demais instituições que compõem o Programa, e principalmente do produtor rural, que poderá acessar e lançar suas informações por qualquer dispositivo móvel, oferecendo autonomia e funcionalidade de gestão.
“Temos uma equipe formada por técnicos qualificados e especializados, que são do Brasil e de outros países. Demos uma virada no sistema, e com esses novos módulos, vamos oferecer um novo sistema e esta solução será uma das melhores do Brasil em tecnologia. Além de ser um sistema que oferecerá praticidade ao produtor, também garantindo a segurança dos dados”, ressaltou o Hugo Nogueira, gerente de Tecnologia de Informação da Adepará.
Pelo sistema, o produtor poderá ter o controle de todo o rebanho que possuir brincos rastreáveis, incluindo numeração e informações de cada animal, como idade, sexo, data de nascimento na propriedade, últimas e quais vacinas foram aplicadas.
Durante o encontro, a Adepará também apresentou a portaria que estabelece os procedimentos operacionais, padroniza o controle de identificação individual e rastreabilidade dos bovinos e bubalinos, o trânsito intra e interestadual entre unidades de exploração pecuária, aglomerações e para o abate dos animais no Estado.
O programa é vinculado aos demais programas ambientais, e na oportunidade a Secretaria de Meio Ambiente apresentou sobre o programa de Requalificação Comercial, que visa simplificar o processo de desbloqueio de produtores que encontram-se algum tipo de passivo que impedem a comercialização.
“O sistema de requalificação comercial é uma alternativa aos produtores que querem recuperar suas áreas irregulares e retornar ao mercado.Serão credenciadas empresas que cumpram os requisitos do Edital de Chamamento e sejam capazes de emitir os Certificados de Adequação Ambiental de polígonos de desmatamento, monitorar as áreas em regeneração e, dessa forma, requalificar o imóvel como apto para fins comerciais.No momento existe uma empresa credenciada pelo Edital e outra em processo de credenciamento”, explicou Indara Aguilar, Coordenadora de Conformidade de Cadeias Produtivas da Diretoria de Mudanças Climáticas da Semas.
Para o Estado continuar com os avanços visando a preservação da cadeia da pecuária em todas as suas fases, da produção à comercialização, a Adepará com seu sistema de execução da identificação individual dos animais trabalhará no protótipo para ser apresentado em modo operacional. E a Semas, com o programa de requalificação, iniciará os testes pilotos do sistema de credenciamento já na segunda quinzena de abril.
A iniciativa governamental também garantirá o desenvolvimento da cadeia pecuária e a qualidade do rebanho, promovendo sustentabilidade e aumentando a produtividade e renda dos produtores.