Segundo dados do relatório Mudança do Clima no Brasil, uma síntese atualizada e perspectivas para decisões estratégicas, nos últimos 60 anos, o aquecimento em algumas regiões brasileiras foi maior que média global.
Chegou a até 3º Celsius na média das temperaturas máximas diárias em algumas regiões, aponta. Desde o início da década de 1990, o número de dias com ondas de calor no Brasil subiu de sete para 52, até o início da década atual., de acordo com o estudo.
O relatório destaca que “eventos extremos, como secas severas e ondas de calor, serão mais frequentes, com probabilidade de ocorrência de eventos climáticos sem precedentes”, O estudo foi lançado oficialmente em Brasília, na quarta-feira, 6.
Trata-se de é um recorte para o Brasil do último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e de outros estudos científicos atuais.
Isso é resultado de um esforço que reuniu o Ministério de Ciência, Tecnologia e Informação com as organizações sociais da Rede Clima, o WWF-Brasil e o Instituto Alana. A partir das projeções para os próximos 30 anos, apresentadas de forma inédita pelo IPCC, com o objetivo de orientar ações de adaptações, os pesquisadores divulgaram suas conclusões.
Para eles, sse o limite de 2ºC for atingido, em 2050 limiares críticos para a saúde humana e a agricultura serão ultrapassados com mais frequência. Nesse cenário, a população afetada por enxurradas no Brasil aumentará entre 100 e 200%.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil