Volta do carro popular exige parceria entre indústria e governo, diz presidente da Stellantis

Volta do carro popular exige parceria entre indústria e governo, diz presidente da Stellantis

Em entrevista ao g1, Emanuele Cappellano afirma que redução de preços depende de medidas para cortar custos de produção, enquanto montadora investe R$ 30 bi em novos modelos até 2030

O presidente da Stellantis para América do Sul, Emanuele Cappellano, defendeu em entrevista exclusiva ao g1 que a volta dos carros populares ao mercado brasileiro requer um “esforço conjunto” entre indústria e governo. Enquanto o preço médio dos veículos subiu 145% desde 2016 – caso do Fiat Mobi, que saltou de R$ 31,9mil para R$ 77,9 mil – o poder de compra do brasileiro não acompanhou esse crescimento, com o salário mínimo aumentando apenas 72% no período. Cappellano atribui o encarecimento aos custos de produção e incorporação de tecnologias, mas ressalta que a solução passa por tornar a indústria nacional menos dependente de importações.

A Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep e Peugeot, anunciou investimento de R$ 30 bilhões até 2030 para lançar 40 novos modelos, com foco em tecnologias híbridas e plataformas flexíveis que possam adaptar-se a diferentes tipos de propulsão. Apesar dos planos de expansão, a montadora não prevê redução significativa nos preços dos modelos básicos, indicando que a eletrificação e inovações tecnológicas continuarão pressionando os valores. “A tecnologia custa, e a produção custa”, afirmou o executivo, destacando que a competitividade da indústria brasileira dependerá de medidas para reduzir custos estruturais.

Foto: Divulgação

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