Fevereiro Roxo: Psiquiatra ressalta sobre os desafios emocionais e a importância do suporte psicológico para pacientes

Fevereiro Roxo: Psiquiatra ressalta sobre os desafios emocionais e a importância do suporte psicológico para pacientes

Foto: Divulgação

O mês de fevereiro é marcado por diversas campanhas de conscientização sobre saúde, entre elas o Fevereiro Roxo, uma iniciativa que visa informar a população sobre doenças crônicas e degenerativas, como Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 65 a cada 100 mil pessoas possuem alguma doença rara, o que representa pelo menos 13 milhões de brasileiros afetados por essas enfermidades. Diante da relevância desses números, o Governo Federal tem intensificado ações voltadas a essa parcela da população, reforçando a importância do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos adequados.

Essas doenças não afetam apenas o corpo, mas também impactam profundamente a saúde mental dos pacientes. A constante incerteza sobre o prognóstico, a convivência com limitações diárias e a dor persistente podem desencadear sentimentos de ansiedade e depressão, o que torna crucial o apoio psicológico. A psiquiatra Daniele Boulhosa destaca que um acompanhamento adequado é essencial para que os pacientes desenvolvam estratégias de enfrentamento, possibilitando que mantenham uma qualidade de vida satisfatória mesmo diante das adversidades impostas pela doença. “O suporte psicológico ajuda a fortalecer a capacidade de enfrentamento, promovendo o bem-estar emocional necessário para lidar com os desafios cotidianos”, reforça a especialista.

O suporte emocional não se restringe apenas ao paciente, mas também se estende aos familiares e cuidadores, que frequentemente enfrentam desafios emocionais e físicos ao lidar com a rotina de cuidados. Grupos de apoio, terapia e acesso a informações de qualidade são ferramentas essenciais para que todos os envolvidos possam enfrentar essa jornada com mais equilíbrio e resiliência. “O apoio emocional é uma chave para lidar com as dificuldades diárias e para prevenir o desgaste psicológico. Ele oferece a oportunidade de compreender melhor a condição do paciente e criar estratégias que promovam não apenas o cuidado físico, mas também a saúde mental de todos os envolvidos”, acrescenta Daniele.

Além disso, é importante ressaltar que, à medida que a sociedade possui mais acesso às informações, cresce a necessidade de um ambiente mais inclusivo e acolhedor para as pessoas com doenças raras e crônicas. Ainda de acordo com a psiquiatra, o apoio não deve se limitar ao âmbito familiar e médico, mas também deve ser refletido em políticas públicas, ambientes de trabalho e em atitudes cotidianas. “Com mais compreensão e empatia, a sociedade pode proporcionar uma vida mais digna e menos estigmatizada para aqueles que enfrentam essas doenças, promovendo o bem-estar e a qualidade de vida em todas as esferas da vida social”, finaliza.

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