Após um ano de 2024 marcado por dificuldades, a maior marca de artigos esportivos do mundo, a Nike, enfrenta o desafio de se recuperar. Uma série de erros estratégicos nos últimos anos culminou no pior dia de negociações da história da empresa, apontam especialistas.
Lá pelo meio de 2024, as ações caíram 20%, resultando em uma perda de US$ 28 bilhões (cerca de R$ 172,4 bilhões) no valor de mercado da Nike. Sob a liderança do novo CEO, Elliott Hill, a companhia divulgou seu primeiro relatório financeiro na semana passada.
O balanço pode ser o início de uma longa e dolorosa recuperação para a marca, de acordo com analistas. Os problemas começaram em 2020, quando a empresa decidiu limitar parcerias com grandes redes de varejo.
Foram elas: Foot Locker e Dick’s Sporting Goods. O ato ocorreu na tentativa de impulsionar as vendas diretas em seus próprios canais e lojas. No começo, a estratégia gerou um aumento nas vendas diretas.
Porém, a companhia perdeu a recuperação do mercado do pós-Covid, e isso resultou em estagnação de receitas nesse modelo. O então CEO John Donahoe admitiu à CNBC em abril deste ano, que a Nike havia apostado excessivamente no digital.
Disse ainda que a empresa estava trabalhando para corrigir essa estratégia. Atualmente, a Nike enfrenta um excesso de estoques devido à desaceleração das vendas.
Enquanto isso, consumidores migram para marcas concorrentes com estilos mais recentes. De olho nisso, a Nike anunciou no relatório financeiro mais recente, que pretende focar na inovação, centralizar o marketing em torno de esportes e liquidar estoques antigos com promoções.
Foto: www.nike.com.br
