Foto: Ag. Pará
Os preparativos para sediar a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro de 2025, devem deixar um legado histórico e transformador, em Belém, principalmente, em infraestrutura, mobilidade, turismo e saneamento.
Há um conjunto de obras em andamento que já estão mudando para a melhor a vida de toda a população da capital paraense. São serviços que permanecerão fazendo a diferença depois da realização do maior evento climático do planeta.
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No dia 18 de maio, o governador Helder Barbalho entregou o novo Pronto Socorro de Belém, unidade que terá 150 leitos, sendo 110 leitos do Pronto Socorro e 40 da Psiquiatria, e funcionará em regime de “portas abertas”. Desde o início de sua construção, em junho de 2021, as obras já geraram cerca de mil empregos diretos. Com 28 mil metros quadrados de área construída, o hospital oferta leitos de urgência e emergência, leitos clínicos e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), além de salas de cirurgia e atendimentos de média e alta complexidade. A unidade atenderá moradores da Região Metropolitana e, sobretudo, região do entorno, a exemplo dos bairros do Bengui, Mangueirão, distritos de Icoaraci e Outeiro, sem necessidade de encaminhamentos.
Além dos atendimentos voltados para urgência e emergência, o novo Pronto Socorro vai contar também com uma Unidade de Referência Especializada em Saúde Mental/Psiquiatria (Urep) anexa ao prédio, com a finalidade de diminuir a separação entre assistência psiquiátrica e a médica geral. A intenção é atender as pessoas, que estejam em sofrimento ou transtorno mental.
O governador Helder Barbalho ressalta: “É fundamental que nós possamos buscar legados, deixar Belém uma cidade melhor de se viver, com qualidade urbana, mobilidade, estruturas e ambientes que possam fortalecer o turismo, gerar emprego e renda. Iniciamos a construção da Nova Doca, um grande parque urbano, com diversos equipamentos, uma estrutura que permitirá com que nós tenhamos um ambiente extraordinário para as famílias”, disse o governador durante o ato que marcou o início da construção no início deste mês de maio, resultado do convênio firmado pela Itaipu Binacional com o Governo do Pará.
A vice-governadora Hana Ghassan destacou o investimento em saneamento na reconstrução do espaço. “Além disso, também estaremos fazendo tratamento de esgoto desta região da cidade, permitindo, inclusive, com que a água do canal da Doca possa ser uma água tratada com qualidade, evitando poluição e o cenário atual de degradação do meio ambiente”, ressaltou ela.
O projeto será executado pela Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop), por meio do Consórcio Nova Doca. Em 1,2 quilômetro de canal serão executados os serviços de drenagem, paisagismo, urbanização e construção de passarelas, além da substituição de seis comportas para controle de água de maré para evitar inundações. Também serão pavimentados mais de 2,4 km da Avenida Visconde de Souza Franco e construídos um novo sistema de drenagem profunda e superficial de chuva, rede de esgoto sanitário, tubulação de água potável, ciclovia e um sistema de energia limpa.
As intervenções no canal estão divididas em módulos. Neste primeiro momento, as obras iniciarão no perímetro entre a Avenida Marechal Hermes e a Rua Belém. No espaço, serão colocados tapumes e sinalização de obras.
Ao longo da Nova Doca serão implantados mirantes, quiosques de alimentação, parque infantil, academia ao ar livre e espaços de contemplação integrados à paisagem do canal, que será completamente reconstruído.
A arborização, tão necessária para melhorar as condições climáticas, será um dos diferenciais do novo espaço público. O projeto inclui o plantio de cerca de 200 árvores de grande porte e mais dez mil unidades de arbustos e forragem – plantas pequenas.
Helder anunciou que além da Nova Doca, haverá a pavimentação asfáltica em todos os bairros de Belém, além da duplicação da Estrada da Marinha, ligando a Av. Augusto Montenegro à Rod. dos Trabalhadores, criando um novo corredor de tráfego urbano.
Trafegabilidade – O município de Ananindeua, na região metropolitana de Belém, ganhará dois novos viadutos, sendo um localizado na avenida Mário Covas com a Três Corações e outro na Mário Covas com a avenida Independência.
Os dois viadutos têm o prazo de entrega em 12 meses. Eles se somarão aos viadutos da avenida Ananin, entregues em julho de 2023, e aos viadutos em construção na rodovia BR-316, no cruzamento com a avenida Independência e com a Alça Viária, estes previstos para serem entregues em dezembro. A melhoria da qualidade de vida com o investimento estadual é prioridade para o governador do Estado.
“Esses viadutos vão se somar aos outros investimentos do Estado para melhorar cada vez mais a qualidade de vida da população de Ananindeua e Região Metropolitana e serão fundamentais no projeto de mobilidade para a COP 30”, afirma o Governador Helder Barbalho.
As obras são executadas pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM). O viaduto da avenida Mário Covas com a Independência terá o comprimento de 39 metros; já o viaduto da Mário Covas com a 3 Corações tem o comprimento de 40 metros. Ambas as obras tiveram como vencedor da licitação o Consórcio Construcop30.
Saneamento – Neste momento, estão em andamento intervenções nos canais do Caraparu, da Vileta, União, Leal Martins, da Timbó, da Ciprino Santos, do Benguí/Marambaia, Mártir/Murutucu/Ana Deusa e da Gentil. Quando concluídas, devem mudar significativamente as situações das ruas do entorno, impedindo cheias e alagamentos.
Parque – Começaram no dia 12 de abril as obras da Nova Tamandaré, projeto que está entre as intervenções urbanas que serão executadas pelo governo para melhorar a mobilidade, o lazer e a urbanização em Belém. As intervenções já iniciaram com o levantamento topográfico e social, perfuração de solo, cadastro de moradores e limpeza da área.
“Esta é uma obra importantíssima dentro da organização urbana para a nossa cidade. O governo do Estado planejou um conjunto de obras para melhorar Belém. Obras de saneamento e de macrodrenagem, que estão sendo estruturadas e executadas nas áreas que historicamente alagam, mas também obras que deixam a cidade melhor, mais bonita. E a Nova Tamandaré compõe essa estratégia, já que nós estamos falando de urbanizar toda esta região com o equipamento público urbano de embelezamento de um novo espaço turístico, nova área de lazer, junto com o terminal hidroviário, que também está incluído no projeto”, informa o governador.
Helder Barbalho destacou ainda, que “na Tamandaré será um novo ponto de chegada e de saída para Cotijuba, para o Combu, para as nossas ilhas, para o Marajó. Portanto, para dialogar e abrir portas para a Baía do Guajará, para o rio, e com isso nós começamos a integrar urbanisticamente a nossa capital. Esta é uma obra estratégica para deixar Belém mais bonita, e deixar um legado para a cidade, na transformação que todos nós queremos para Belém”.
O Canal da Avenida Tamandaré tem cerca de 1,4 quilômetro de extensão. Na área serão executados 2,5 quilômetros de pavimentação asfáltica, drenagem, esgotamento sanitário, paisagismo, urbanização, instalação de quatro passarelas e construção de uma subestação com cinco comportas, para controlar o fluxo das marés no canal.
A obra também é coordenada pela Seop e executada pela empresa OCC Participações e Construções LTDA. O investimento é feito via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O projeto visa integrar o canal à cidade, proporcionando maior contato da população com a água e resgatando a importância da Avenida Tamandaré para a comunidade, com a construção de espaços de convivência, como oito quiosques, jardins de chuva, áreas contemplativas, espaço para eventos, ciclovias, playground, espaço pet, academia ao ar livre, urbanização da Praça Onze de Junho e construção da praça do terminal.
A arborização, tão necessária para melhorar as condições climáticas, será um dos diferenciais do Parque da Tamandaré. O projeto inclui plantio de árvores; área de passeio público para dentro do canal, por meio de uma passarela em balanço, e jardins nos passeios, sem comprometer a estrutura do canal.
A permeabilidade do solo e a infiltração pluvial são estratégias importantes para melhorar os sistemas drenagem e diminuir eventuais alagamentos. Os jardins de chuva são projetados para potencializar a retenção, o tratamento e a infiltração das águas pluviais. Será feita dragagem no fundo do canal para aumentar a capacidade de escoamento do volume de água. As comportas vão ajudar no controle de água dentro do canal.
O novo terminal será mais uma porta de entrada para a capital paraense, próximo à Praça do Arsenal. A construção inclui dragagem no leito do canal e no rio, criando espaço para embarcações.
Parque da Cidade – O espaço sediará parte da programação da 30ª edição da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em novembro de 2025. O parque terá mais de 500 mil metros quadrados de obras construídas, além de uma área paisagística de 50 hectares. Esta é a maior obra de intervenção urbana em execução no Pará.
O equipamento cultural terá o Centro de Economia Criativa e o Centro Gastronômico, além de cinema, estúdio de gravação musical, mercado de produtos regionais, biblioteca, fonoteca, praça de alimentação, a praça marajoara e um ateliê multiuso. Haverá ainda uma Torre de Contemplação, um templo ecumênico, o “Oratório da Água e da Luz”, um Teatro Multiuso, palcos interno e externo e uma Praça de Exposição de Aeronaves, que manterá viva a memória do Aeroporto Brigadeiro Protásio e do Aeroclube de Belém, que funcionou no local.
Continuação – Seguem em andamento as obras da segunda fase do Parque Urbano Belém Porto Futuro. O projeto inclui o restauro e reconstrução dos armazéns 04, 04-A, 05, 06, 06-A e a remontagem dos armazéns 11 e 12, ocupando uma área total 50.000 m², com extensa cobertura vegetal. A transformação possibilitará o incentivo ao desenvolvimento sustentável e mais qualidade de vida para as pessoas por meio da integração porto-cidade. Cerca de 25% do cronograma já foi realizado.
As propostas para os armazéns preveem espaço total de 72.063,02 m² para a economia criativa (artesanato e bioeconomia); cultura alimentar (alimentação, oficinas, experiências, cursos); uma praça central, com área infantil, apoio turístico, segurança e área técnica; estacionamento com 200 vagas para carros e bicicletário; nove guindastes, sendo que os dois laterais serão transformados em mirantes; e a transformação dos armazéns 11 e 12 em Memorial da Navegação Amazônica, solicitado pela CDP, e Memorial da Cultura Popular e Patrimônio Imaterial.
A obra é dividida em duas etapas, inclui a revitalização das praças Pedro Teixeira e Barão de Mauá, e a primeira será entregue em outubro de 2025, como parte das entregas para COP 30. Após o evento a segunda fase será realizada até meados de 2026.
Nova BR – Outra obra estruturante está em andamento na BR-316, principal corredor de entrada e saída da capital paraense, que já recebeu mais de 20 quilômetros de asfalto nas obras de reestruturação da rodovia, executadas pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM).
As pistas expressas já estão cerca de 85% executadas, os túneis com mais de 90% concluídos e o Centro de Controle Operacional está 98% de avanço. As intervenções fazem parte do projeto BRT Metropolitano, um conjunto de obras no trecho dos 10,8 quilômetros da BR-316, que juntas vão proporcionar qualidade de vida aos moradores, com mais infraestrutura e mobilidade. No momento mais de mil operários atuam em três turnos para cumprir o cronograma pré-estabelecido.